Rompi com o mundo. De carinho eu não preciso, das pessoas tampouco.
Necessito apenas da àgua e da vivência, essas sim me são vitais.
Sempre sonhei com isso, cujo nome eu tremo em pronunciar: Liberdade.
Rufem os tambores, abram alas. Vou voar pra longe, nunca mais hei de voltar.
E decolei.
Um vôo leve, banhado a soníferos e tranquilizantes, escasso de memórias. Só queria voar mesmo, nada mais.
Durou dias, meses, um ano. Quando comecei a relembrar da...Não. Não posso voltar atrás.
Tenho agora a liberdade, com a qual sempre sonhei. Mas meu coração palpita aqui dentro e indaga:
"Dê que vale a liberdade, se com ela vem também a solidão?"
Não, não era verdade. A solidão era uma opção. E iria embora em pouco tempo.
"A solidão e a liberdade tem profundos elos de ligação. A solidão não é tão só quanto soa. Ela tem a liberdade. Tudo é uma questão de escolha. Assim como o amor vem acompanhado da presença. Ninguem é totalmente livre acompanhado, assim como ninguém tem amor sozinho. Não existe um, sem o outro."
Tudo bem, ele tinha uma certa razão, aquele pobre coração. Cansara de ficar sozinho, e talvez eu também.
Mas se eu voltasse, teria de aguentar muitos desentendimentos, como sempre foi.
"Algo que você não sabe, é que ninguém briga pra se distancear. Quando as pessoas brigam, elas buscam a união. Quem não ama não briga, não discute, não argumenta, não fala.. Deixa ir."
Sim, eu sei que tudo teve um porquê, mas era dificil de aguentar..
"...mais dificil que a solidão que a liberdade te trouxe?"
Não.