domingo, 13 de outubro de 2013

Eco

Olá, olá. Há alguém ai?
  Faz tanto tempo que ninguém entrava, que eu já havia esquecido de como eram as sensações. O frio na barriga, o estômago revirando, sorrisos que aparecem repentinamente. A gente vai esquecendo, mesmo. E vai se acostumando com os comportamentos padrões, com pessoas vazias, com conversa de bar. Tudo isso é gostoso, às vezes. Mas sempre? Sempre cansa. E a gente acaba sentindo falta daquela pessoa, que não é a mais bonita do mundo, mas pra você ela é perfeita em todos os pequenos defeitinhos. No fim, você acaba querendo por perto ela, que te faz rir, e com a qual é gostoso até fazer nada num domingo chuvoso. Um alguém que não vai te prender, te sugar, ou te desgastar, pelo contrário. Essa pessoa veio para recarregar tuas energias, é preciso saber reconhecer quando ela chega.
  Aquela pessoa, cujo beijo que te faz querer tirar a roupa, tirar a máscara, baixar a guarda. Acordar com o perfume dela na sua roupa, no seu cabelo, na sua boca. Ela vem devagar, aos poucos, e quando você se dá conta, já está completamente hipnotizado. Pelo jeito, pelo sorriso, pela cor do cabelo e dos olhos dela, pelo jeito que ela passa a mão nos cabelos quando está sem graça. E de repente você entende porque nunca deu certo com ninguém antes: porque é pra ser simples. É pra ser leve. É pra acontecer naturalmente. Devagar, e ainda sim, de uma maneira avassaladora. Pra que o medo de se envolver? Viver isso é uma delícia! O grande medo dessa nova geração é o medo de se entregar. O medo de parecer tonto, o medo do medo. Medo esse, que não te leva a lugar algum, pois todas as pessoas que passam pelas nossas vidas são presentes. Até mesmo aquelas que vão embora deixando uma sensação péssima, elas mudaram alguma coisa em você. Mesmo que pequenina, a mudança foi feita. Ela está e estará sempre lá. Uma partezinha de você se tornou um pouco mais sábia.
  E como já dizia a música: "Vamos viver nossos sonhos, temos tão pouco tempo..."

Tudo o que tenho aprendido

Colhendo por essa vida, espinhos e rosas vermelhas, pisando em cacos de vidro e em grama macia. Tudo isso tem trilhado o meu caminho, que está longe de acabar - Espero eu.