terça-feira, 16 de novembro de 2010

Fragmentos

Hoje perguntei a mim mesma se o meu excesso de orgulho era, de alguma forma, prejudicial à minha vida.
Após pensar de muitas maneiras diferentes, ví que todo esse orgulho não havia nascido comigo.

Eu nasci e fui por muito tempo uma pessoa que acreditava cegamente em promessas de mudanças, que perdoava e fingia esquecer ressentimentos que quase me matavam por dentro. Eu achava que mágoa nenhuma podia acabar com a força de uma amizade..
Hoje eu sorrio em lembrar de como a minha ingenuidade era de uma beleza inigualável, algo que eu perdi com o tempo e com os "empurrõezinhos" que a vida me dava e que por muitas vezes me faziam cair de boca no chão.
Esperando muito dos outros e pouco de mim mesma eu consegui enxergar que as pessoas sempre irão te decepcionar - mas que nem todas tem essa intenção. Fui aprendendo a me blindar e a reconhecer de longe qualquer um que tivesse a mínima intenção de me magoar e assim, deixei de ser "magoável".
Quando ví que a minha maior aliada vivia dentro de mim, deixei de me preocupar com amizades e nunca mais perdoei um erro de mão beijada - Passei a deixar que os meus amigos sentissem as consequências de seus erros para que descem o devido valor a atenção e dedicação que sempre tive com eles.
Consegui algo que muitos julgam impossivel: não sofrer. Ou pelo menos aparentar isso, e distrair meus pensamentos negativos com algo que me fizesse rir até a barriga doer. Mostrar o meu melhor sorriso aos causadores da minha dor sempre me deu mais força para permanecer estável e parecer inabalável.

Então cheguei à conclusão que uso o meu orgulho próprio como escudo. Evita que eu me magoe a toa, e faz com que as pessoas ao meu redor me dêem a única coisa que eu exijo delas: Respeito.

Tudo o que tenho aprendido

Colhendo por essa vida, espinhos e rosas vermelhas, pisando em cacos de vidro e em grama macia. Tudo isso tem trilhado o meu caminho, que está longe de acabar - Espero eu.